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A especialista em direitos de voto Gilda Daniels discute supressão de eleitores

“O voto é uma conexão para ir do protesto ao poder”

A Escola de Políticas Públicas da Universidade de Massachusetts recebeu a especialista em direitos de voto Gilda Daniels na segunda-feira para uma palestra intitulada “A Luta para Votar pelo Direito de Votar”, onde ela falou sobre a história da supressão de eleitores e sua prevalência hoje. 

Daniels, professor da Escola de Direito da Universidade de Baltimore, publicou recentemente um livro sobre repressão aos eleitores intitulado “Uncounted: The Crisis of Voter Suppression in America”. Ela também atuou como vice-chefe na Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça dos EUA, Seção de Votação, para os governos de Clinton e Bush. 

O evento, que ocorreu como parte da série de palestras da Escola de Políticas Públicas, começou com algumas palavras de David Mednicoff, chefe do departamento e professor associado de estudos do Oriente Médio e políticas públicas, que apresentou Daniels e ofereceu informações sobre o evento. 

“A Luta de Votar pelo Direito de Votar” é o segundo evento da série de palestras do departamento neste ano acadêmico. Com a próxima eleição de novembro na mente de muitos, Mednicoff disse que o departamento queria trazer um palestrante “com muita experiência significativa para ajudar a nos guiar através de alguns dos desafios” da votação.

Durante sua apresentação de uma hora, Daniels forneceu uma história resumida da supressão de eleitores seguida por uma explicação sobre como e por que ela continua hoje, com base em exemplos específicos em estados de todo o país. 

Ela prefaciou sua palestra discutindo sua motivação ao escrever seu livro, que era “ligar os pontos” da história do processo de votação nos Estados Unidos.

“Quando era criança, eu adorava trabalhar com essas páginas de ‘conectar os pontos’”, disse ela. “Acho que é importante conectar esses pontos à história, bem como ao que estamos vivenciando contemporaneamente.”

De acordo com Daniels, o primeiro ponto a considerar é a “democracia paradoxal” do país. Estas são as ideias nas quais os Estados Unidos foram fundados, “desde dizer que todos os homens são criados iguais ate fato de que somente algumas pessoas contam em relação à forma como votamos.”

Quando a 15.ª Emenda tornou ilegal a discriminação com base na raça, surgiram novos “dispositivos de privação de direitos” contra pessoas de cor. “O poll tax [uma espécie de imposto comunitário]… testes de alfabetização [e] cláusulas de avô”, que só permitiam que um indivíduo votasse se seu avô pudesse votar antes da aprovação da 15.ª Emenda,” tão eficazes em suas atividades “que quase cem mil homens negros a menos foram registrados para votar após sua implementação,” disse ela. 

Embora pareçam puramente “barreiras históricas às urnas”, Daniels disse “eles têm alguns primos contemporâneos.”

Os mecanismos aparecem como leis de identificação do eleitor, fraude e intimidação do eleitor, cassação de criminosos e leis de prova de cidadania. São maneiras novas de fazer o que era feito no início dos anos 1900, disse Daniels. 

“Eles detêm, frustram e previnem, em muitos aspectos, pessoas de grupos minoritários em particular, mas também jovens, estudantes universitários [e] idosos,” disse ela. 

Laura Shah, mestranda do segundo ano de políticas públicas da Universidade de California Riverside, participou do evento virtual. Ela achou a palestra muito “perspicaz” e “reveladora” para a realidade da repressão aos eleitores hoje. 

“Acho interessante como a história parece se repetir”, disse Shah. 

A Escola de Políticas Públicas da Universidade de California Riverside se tornou uma parceira virtual da UMass neste semestre. Alasdair Roberts, o diretor da Escola de Políticas Públicas da UMass, disse que as escolas concordaram qem compartilhar os eventos, já que todos estão online”. 

“É realmente fácil fazer eventos online em que muitas pessoas podem participar,” disse Roberts. 

Daniels concluiu sua palestra enfatizando a importância de votar e aconselhar aqueles que desejam se envolver na mudança. “O voto é uma conexão para ir do protesto ao poder”, disse ela. 

Em relação a conselhos, ela disse para “educar, legislar, litigar [e] participar.”

Daniels deu sugestões para cada categoria, como educar-se sobre o processo de votação e regras, manter-se ciente e envolvido com os esforços legislativos locais para mudar a lei, fazer  parcerias com organizações que estão trabalhando na mudança e participando de qualquer meio, seja trabalhando como “mesário” ou registrando outros para votar. 

“Nós podemos… continuar essa luta para votar e, certamente, passar do protesto ao poder.”

 

Sara Abdelouahed pode ser contatada em [email protected]. Siga-a no Twitter em @AbdelouahedSara. 

Carly Longman é tradutora de português do Collegian e pode ser contatada através do [email protected]

Gabriella Lalli Martins é editora de português do Collegian e pode ser contatada através do [email protected].

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